Liguei a televisão e sinto que o melhor é fugir a estes jornais e telejornais que falam do mesmo todos os dias: FMI, FMI e, ainda, FMI. Não se fala noutra coisa, é na televisão e nas conversas de café, estão presentes em todo o lado que até já enjoa. Para piorar vêm as notícias sobre a "troika" que para ridicularizar a situação ainda pagam a senhores para se mostrarem na televisão e dar opiniões, que sinceramente não valem de nada. Mostrem o que vos dizem os portugueses e não o que vos interessa. É aqui que perco toda a vontade de exercer jornalismo, não acredito nestes que se intitulam órgãos de comunicação social. Hoje ouvia um jornalista reformado, Luís Pereira de Sousa, dizer que para ser jornalista é necessário ver a profissão como uma missão, é ir de encontro ao que temos de contar e não o que convêm contar. Não passaram muitas horas para ver que esse jornalismo não existe por este País agora governado por terceiros.
Tudo passa pelo mesmo: fala-se da crise, da recessão que vamos sentir, as férias dos portugueses, a entrada do FMI e, ainda, destes candidatos enganosos. Votar? Sim, eu vou votar mas não sei em quem. Estes senhores devem pensar que estão numa selva pois até os anti-partidos já se juntaram com o lobo mau.
Queixam-se agora do pouco turismo e contam maliciosamente que os portugueses vão, na sua maioria, viajar nas férias da Páscoa. Mas, afinal o que têm a ver com isso? Com a situação precária do País é normal que se queira sair para viver uma outra realidade mesmo que por poucos dias. A mentalidade portuguesa, neste momento, é: gastar o que se tem porque amanhã nos vai ser tirado. Quem quiser que atire a primeira pedra, mas nem todos estão protegidos pelos seus mega ordenados e por garantia da sua posição no trabalho.