É do conhecimento de todos os madeirenses que o Natal começa com sande de carne, vinho e alhos, cerveja e vinho seco. A revespera do dia em que Cristo nasceu festeja-se com pão e vinho, como manda a tradição.
Havia anos que a minha presença era por mim proibida em certo sítio dos Lavradores, diga-se que comprar tangerinas depois da meia noite caía-me mal mas este ano fui sentir um pequeno aroma do início das Festas, da tradição da Madeira. Até porque este ano foi tão negro para esta Ilha encantadora que todos os madeirenses tinham de festejar em honra da força e da união do povo.
De um lado estavam os jovens e do outro os mais velhos, dizem que houve bailarico e cânticos mas já não cheguei a ver.
No dia seguinte, 24, depois de cerca de quatro horas de sono fui trabalhar. Cheguei ao Centro por volta das 8h40 e as ruas ainda estavam fechadas, os serviços municipalizados entraram em acção de limpeza. A polícia não deixa que os carros passem, os senhores da CMF varrem as estradas e os passeios. As ruas tresandam a cerveja, vinho e muito mais, estão sujas, cheias de papel e copos de plástico. Nestas festas não há civismo e com tanto caixote do lixo por perto...
Noite do Mercado é noite de bebedeira, diversão, sande de carne, vinho e alhos e uma soneira embrulhada em ressaca no dia seguinte.
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