sábado, julho 23, 2011

Jornalismo regionalissimo/blá blá blá

Depois de uns tempos sem escrever eis que volto com algumas indignações sobre o jornalismo da minha região. Fui mal habituada aquando da minha estada em sitios mais longiquos que o Atlântico me separa mas onde aprendi dicas importantissimas para desempenhar funções de sra. jornalista. Irrtita-me o facto que aqui na Região alguns jornalistas caiam no ridiculo ao exercer as suas funções. Em primeiro lugar vestem-se mal - embora hoje em dia encontra-se roupa + ou - barata, o vestir mal, hoje em dia, é falta de gosto - em segundo lugar, atacam os entrevistados com perguntas tolas e parolas só para provocar principalmente questões partidárias, e em terceiro lugar, não se sabem comportar nem estar num lugar. Resumindo, na sua maioria, são ridiculos.
Quando estava a estudar tive a oportunidade de ver como ficava a minha figura na tv e não desgostei mas continuo a preferir o mistério da rádio e a indiferença do jornal (ninguém se interessa em dar uma imagem ao nome). Mais uma vez aprendi algumas dicas importantissimas e há algo que nunca esqueci: o foco é a notícia e não a pessoa que a dá, por isso é que temos de ter um ar sério e sóbrio para dar credibilidade às informações. Por estes lados há uma certa pessoa que não cumpre certos requisitos mas mesmo assim faz imensas peças importantes e dão-lhe muita importância -talvez sejam pelos factores de estar onde está e não me venham com tretas que o factor C não entrou porque de outra forma é impensável ocupar o lugar que ocupa.
Numa inauguração importante com a presença do AJJ apesar de muito mal vestida estava com um penteado do século passado: apresentou-se com um rabo de cavalo ao lado e mesmo assim estava toda despenteada. Já nas muitas apresentações que faz que esta pessoa se apresenta despenteada e, digamos que não fica bem.
Em outras situações apresenta-se com uns óculos com aro branco, outros preto, e assim vai desviando toda a atenção para a sua triste personagem perdendo toda a credibilidade da notícia fazendo com que só se oiça: bla, blá, blá.
Também existe outra senhora além fronteiras desta minha Região mas mais para perto de Carnaxide que gosta muito de uns brincos que tem pois já os usou numa publicidade e diversas vezes nas suas apresentações televisivas. A verdade é que com ela também oiço: blá, blá, blá (num tom muito esganiçado). Pois a única coisa que vejo são uns enormes brincos pendurados nas orelhas, da dita senhora, muito brilhantes e sempre a balançar de um lado para o outro. Será que ninguém chama a atenção a estas ditas figuras?
Também há algo que não suporto e prende-se com a questão de sotaques. Pois se uma região tem uma televisão regional até é engraçado ouvir-se os diferentes sotaques mas não suporto o esforço que muitos fazem para "puxar pela veia do cú para falar" (expressão regional para quem imita os sotaques do Continente). Esse esforço acaba por deixar sair palavras como : intérésse e um arrastar sonoro na pronúncia e término das palavras. Na minha opinião é absurdo pois não é necessário tanto esforço porque caem no ridiculo.
A etiqueta e boa educação vem de cada um mas muito se aprende no exercício da função, embora nalguns casos em vez de aprender desaprendem ou aprendem errado.

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