quarta-feira, abril 28, 2010

Dona de Casa mas não Desesperada...

Cheguei à conclusão que sou uma dona de casa mas não desesperada, com algumas diferenças, claro. Mas a maioria do meu tempo é passado em casa e, na maioria das vezes, sozinha. Trabalhar em casa tem os seus aspectos negativos, bem negativos. Chego à conclusão que os amigos estão todos longe, ou pelo menos a maioria... tenho dias em que me sinto mesmo só.
Estar e casa também tem os seus aspectos menos bons, corremos o risco de nos fecharmos do mundo e não aproveitamos as nossas capacidades e competências, deixamos para trás as nossas conquistas e não vemos que mesmo à nossa frente pode estar um futuro.
Mas, dona de casa desesperada nãoooo... é que a série é bem gira e engraçada, mas a minha vizinhança não é assim tão bonita e afável. As minhas vizinhas têm o hábito de se colocarem nas janelas para ver quem chega, quem sai, com quem está ou mesmo o que faz enquanto aparece. Tudo e todos aqui são controlados, até chegam ao ponto de saber mais sobre nós que nós próprios... um dos meus vizinhos tem por hobbie sujar-me o carro com terra, água suja e cimento... ah, também gosta de me roubar o espaço de estacionamento apesar de ter uma garagem que cabe no mínimo três carros...
Sem os vizinhos lindos e fantásticos não tem piada fazer parte do elenco... na minha rua as casas não têm jardins tão bonitos... no meu jardim passam carros graças ao governo de AJJ e às facilidades de mobilidade na Ilha. A única coisa boa é acordar todos os dias, abrir a janela e ver o mar... apanhar sol no quintal e usufruir de uma das melhores vistas da Cidade (sem olhar para os carros que passam por baixo, claro). Afinal consegui encontrar aspectos positivos, estar mais tempo em casa faz-me viver um pouco mais aquilo que me pertence.

terça-feira, abril 27, 2010

Prato do dia - 4.50€

"Esparguete Bolenhesa"


Eu conheço esparguete à bolonhesa mas de certeza que não é o mesmo. Deve ter, talvez, um novo tipo de carne ou talvez seja a forma como é moída... não sei. LOLL

domingo, abril 25, 2010

Ser Mia está fora de questão.

Hoje fui comer uma fantástica espetada à moda madeirense, soube-me tão bem. Mas isto foi à hora de almoço, entretanto passaram-se muitas horas e de digestão, nada! Segundo a minha mãe nada como uma água das pedras para aliviar o estomago: ok! Mais uma vez nada. Uma pessoa começa a pensar: fogo tanto prazer em comer para depois ficar assim... rssss

A única forma de ficar melhor é talvez chamar o gregório... lá se vai uma boa porção de carne saborosa pela sanita abaixo... que nojo. Tentei, também não deu grande resultado por isso cheguei a esta conclusão: eu até queria emagrecer mas a bolimia não é solução...
Não tenho jeito para ser mia... (diminutivo de bolimia, segundo os brasileiros...)

Thanks N. So True...


Amigos, conversa e poncha...

Mais de três horas sentados numa esplanada a poucos metros do mar e muitos temas de conversa... o tempo passou e se não olhasse para o relógio ainda lá estaríamos, provavelmente a sermos expulsos pelos senhores do bar, que fecha às duas da manhã. Nas nossas conversas falamos de tudo: passado, presente, futuro... falamos sobre nós, sobre os outros e sobre o mundo... a comunicação é uma constante e ninguém boceja por seca ou por cansaço. Tudo à volta desapareceu e continuamos a conversar, rimos com as nossas asneiras, contamos experiências, apoiámos quem precisava e bebemos umas boas ponchas de maracujá e tangerina, respectivamente.

É ao lado de amigos e de pessoas que gostamos que se passam as noites de sábado após um jantar fantástico com direito a pizza e uma salada divinal... nada como estar na minha terra, com um início de noite quente e com boa companhia. Hoje parecia que estávamos no Verão. Recordamos os bons tempos e criaram-se novos momentos para mais tarde recordar.
Já passam das duas da manhã e começou um filme que pelo nome será de terror, mas talvez um terror do século passado com muito suspense e algumas parvoíves mas como o sono hoje é tardio é uma opção...

segunda-feira, abril 19, 2010

Pensar vs Acção

Ando sem grande vontade para pensar, pensar no sentido de não querer queimar os últimos fusíveis sobre um assunto que não tem volta a dar. Há dias em que nos sentimos capazes de tudo e de enfrentar qualquer situação, qualquer pessoa e, depois, há aqueles dias em que só nos apetece ser como as avestruzes e enfiar a cabeça na areia. Pena aqui não haver areia com tanta abundância, terá de ser mesmo na terra ou no calhau... lol
Apesar dos dias bons e das boas coisas que nas últimas semanas têm acontecido não posso esquecer os assuntos pendentes que ainda pairam e ocupam os meus pensamentos. O meu "tico e o teco" já não aguentam. Eu gosto de ter metas e cumpri-las mas quando isso se torna uma obrigação juro que perde toda a piada, e, por consequência, perco a vontade de realizá-la.
Esta é uma boa semana para voltar a traçar metas e objectivos, é uma boa semana para resolver situações pendentes. Cansei de pensar passei à fase de agir...

sábado, abril 17, 2010

As palavras que te direi!!

Família... é um grupo muito complicado de gerir, às vezes estão todos bem dispostos, outras vezes são do pior. Nunca ninguém está satisfeito. Temos de compreender todos os comportamentos, todas as ideias, opiniões e antes de mais temos de ser tolerantes. Todos diferentes e desiguais. Há a família que nasce connosco e ainda há a família que nos é atribuída por opção de cada um.
Aos mais velhos devemos respeito, não dizemos o que queremos e temos de tolerar pois os opostos chocam e as gerações são diferentes. O choque de gerações é notório mas o choque entre pessoas da mesma idade consegue ser ainda pior.
Hoje perguntaram-me se podia lá ir, por lá imaginem um sítio qualquer, eu até podia mas não era a mesma coisa. Por a mesma coisa entenda-se que certas pessoas, mesmo da nossa família, precisam de aprender que o mundo não gira em torno deles, por isso precisam de aprender a respeitar os outros e não só se devem lembrar de nós quando precisam, só quando precisam.
Amigos, família, conhecidos, pessoas, são todos iguais... há os bons, os maus e os assim assim. Mas, o problema que aqui reside são as palavras que ninguém tem coragem de dizer e que mais uma vez eu não aguento em calá-las, elas saem como se de vomitado se tratasse. Não é uma imagem muito bonita mas um vomitado de palavras, de vez em quando, faz bem a muita gente. Mais tarde ou mais cedo saem mais uma palavras que te direi, concerteza.

quinta-feira, abril 15, 2010

Da ficção à realidade...

Olho para aquela caixinha preta que me faz voar pelo mundo, são diferentes canais que me contam histórias verdadeiras e pura ficção. Os actos, as falas, tudo o que dizem até a forma como maquinam esta caixa preta... tudo tem história e conta-me um pouco de alguém, ou de muitas pessoas.
Os meus dias também têm sido assim, um pouco da história de muita gente. A televisão é muito interessante porque podemos escolher a companhia, desde o cor de rosa à música, passando pela música e o mundo animal. Há uma grande distância entre a ficção e a realidade mas, ao mesmo tempo, a realidade consegue ser mais cruel ou mais sensata que a ficção, depende. Da ficção esperamos o que para nós seria previsível e bom de acontecer, da realidade não esperamos, simplesmente acontece.
Às vezes chego à conclusão que a minha vida dava um filme, principalmente os últimos quatro anos. Acção não falta nem aventura, tristezas e alegrias, traições e conquistas... Os últimos quatro anos têm tudo o que um filme de domingo à tarde precisa. Desde amores a desamores, a pura investigação e lutas vencidas. Nos últimos anos tenho um pouco de história para contar: da fuga do impossível ao casamento da melhor amiga, passando pela conquista de objectivos e a mudança radical dos costumes.
Vou passar a realidade para ficção, fica assim tudo mais real e possível, um digno filme de domingo à tarde, em horário nobre e mesmo à noite, mas não um filme qualquer... o MEU filme...

quarta-feira, abril 14, 2010

Windy...

O vento voltou, a chuva também. Parece que tudo voa e ninguém apanha o que quer, o que precisa, ficam todos com medo do que está lá fora...
O tempo é como o vento, varre qualquer lembrança, qualquer memória, leva-as para longe, bem longe de nós...
O vento voltou e com ele a vontade de desaparecer. A vontade de apanhar boleia quando for para longe daqui...
O tempo magoa, faz querer esquecer o que para trás ficou mas, ao mesmo tempo, relembra que tenho algo para esquecer...
O vento pode levar-me para alguma direcção que não a correcta, que não a mais acertada... e o tempo, esse faz-me lembrar e esquecer momentos e eu... ainda não decidi o que lembrar daquilo que um dia esqueci...

quinta-feira, abril 08, 2010

Não sei quem disse à miúda que ela sabia cantar.

Conheço uma miúda que apesar de manias e daquele toque de inveja pensa que sabe cantar. Ainda é uma garota mas já tem "a escola toda feita", faz-se mais parva do que realmente é e, toda a vez que estou descansada no meu sofá a ver as minhas séries preferidas pois o raio da miúda assusta-me com os seus supostos falsetos misturados com uns sons agudos e graves, que no seu conjunto são uma grande desafinação. Realmente, não sei quem disse à miúda que ela sabia cantar. Não lhe quero com isto fazer desistir dos sonhos mas na verdade não tem jeito nenhum. Estou, neste momento, há cinco minutos a ouvi-la e já não posso da minha cabeça. Penso... será que é melhor dizer alguma coisa? A pobre rapariga está com esperanças em algo que não vale a pena. Alguém tem de lhe dizer a verdade.

Onde é que raio é que ela aprendeu a cantar. É que do currículo consta que esteve integrada num coro. Toda a vez que ela começa a "estragar a música" eu assusto-me pois penso que alguém está a sentir-se mal, pois parecem berros de desespero... eu sei que estou a ser má mas é a pura das verdades... já não aguento ouvi-la. Se os artistas que imita a ouvissem de certeza que era processada... isto é que era pagar indemnizações... talvez assim entende-se que não tem jeito. O problema mais grave é que naquela voz não reconheço nenhuma das músicas... é mesmo muito mau.

terça-feira, abril 06, 2010

Oiça lá, nós aqui não temos medo de dizer o que pensamos.

Todos nós falamos de professores que nos marcaram e que nos ensinaram muita coisa, eu costumo falar de um "professor" que sem ser professor ensinou-me a não ter medo de dizer o que penso. Toda a vez que esse senhor vai à televisão diz sempre umas "bacoradas" que no fundo são certas e correctas. A verdade é que "os outros", aqueles a quem "ele" chama de "cubanos" não gostam muito. Mas para "cubanos" realmente têm jeito, e quanto a nós termos pelo na venta a verdade é que temos.


Não nos deixamos levar por uma palavrinha num tom mais alto, quando não gostamos dizemos e fazemos valer a nossa palavra. Por isso, aprendi a dizer o que penso. Porque "esses cubanos vêm para aqui e pensam que podem mandar nisto tudo" mas não é tão fácil. O nosso povo é conhecido pela destreza, pela coragem, pela força que nos une. O nosso caminho sempre foi para a frente e não é qualquer um que nos consegue parar. Já há muito tempo que se diz que "Povo unido, jamais será vencido"...

Porque é que as pessoas acham que nos assustam falando num tom mais alto? Principalmente quando falam com raparigas? Acham que todas elas "break down and cry"? Às vezes a força está onde menos se espera e quem pode falar assim comigo é o meu pai e tem dias... Engane-se quem pensar de outra forma...

As decepções da vida fazem-nos mais fortes e por consequência mais frios... a nossa reacção deixa de ser apaixonada e passamos a ser máquinas que deambulam pelas ruas da cidade.


segunda-feira, abril 05, 2010

Admito que também erro.

Aprende-se com as asneiras que fazemos mas é difícil admitir que erramos... eu não gosto de errar, ninguém gosta... mas hoje em especial fiquei triste com o erro, não devia ter sido assim. Às vezes dizemos coisas que não devemos, outras que nos saem sem nos apecebermos mas fazer algo errado é sempre pior.. as palavras mais facilmente esquecem-se mas os actos... esses não são tão fáceis de esquecer. Não errei para alguém errei para mim, achei-me capaz de algo e errei... tenho de perder a mania que tenho de ser eu a fazer tudo e que quando faço algo tem de ser perfeito... como já debati: ninguém é perfeito e eu também não sou...

Não posso ser tão dura comigo... culpo-me de tudo. Amanhã o dia será certamente melhor... esperemos.

domingo, abril 04, 2010

Há dias... que podem ser assim... ausentes...

Hoje é um daqueles dias em que me deu imensas saudades de estar com os meus amigos... mas não com os amigos que estão perto mas com aqueles que estão muito longe... tenho saudadess deles... das suas conversas, das suas aventuras, do som das suas gargalhadas... aquelas horas sentados na esplanada, as aventuras e as viagens malucas... posso falar com eles frequentemente mas estou farta deste ecrã que só me deixa escrever e nada mais... sim posso vê-los mas não posso tocar... não estão aqui, mesmo ao lado... estão distantes.
Os amigos são todos diferentes, todos especiais à sua maneira e todos eles têm um lugar especial... mesmo depois de uma desilusão continuo a guardar o seu espaço... onde cada um me pertence. Este pertencer não é nada de obsessivo e é até muito saudável... cada palavra que é dita descreve cada relação de amizade... com cada um há uma música... há um momento... há uma história...
Hoje para estar com cada um é através das famosas redes sociais ou atraves dos chats mais conhecidos... estou farta das novas tecnologias, ao mesmo tempo que nos aproximam separam-nos... estou farta de distâncias, torna tudo mais difícil e mais inacessível.
Não aproveitamos quando estamos presentes e agora a ausência da presença magoa... há dias assim... mas tudo passa, nem que seja com o passar do tempo...

sábado, abril 03, 2010

As minhas palavras, as tuas, as nossas, as de todos...

Às vezes só me apetece nada dizer... mas o silêncio magoa, leva-me a crer que se não existe nada para dizer é porque nada existe realmente. Somos seres humanos, com vontades e feitios, com formas de pensar e de criar, somos todos diferentes.

Às vezes as nossas decisões levam-nos para longe e isso pode fazer com que se perca a coragem de dizer certas palavras... de explicar certos sentimentos. Mais uma vez o silêncio... quando este ataca leva mais mágoa que ausência dela... os olhares, o som da respiração, às vezes ofegante do nervosismo, da inquietação. A presença ausente das palavras... somos humanos, por isso cometemos erros... mas o que podem parecer erros podem ser na realidade as decisoes mais acertadas... às vezes é necessário que tenhamos consciência dos nossos actos e o que um dia pareceu acertado pode revelar-se o contrário.

As palavras podem magoar, podem ser duras, feias e cortantes... às vezes são mais que uma espada cravada no peito... magoam.
Às vezes quando escrevo as minhas palavras estas são deturpadas de várias maneiras... umas ainda conseguem se aproximar da verdade, outras estão longe do real. Não escrevo para ser compreendida, as minhas palavras nem sempre têm nexo para quem lê... só para quem as escreve, eu.
Palavras, palavras e palavras... não entendo o que as faz calar sem que lhes ordene. Calo-me então para sempre, sem palavras acabam os actos e acaba o que um dia teve sentido e que agora não existe...