sábado, abril 03, 2010

As minhas palavras, as tuas, as nossas, as de todos...

Às vezes só me apetece nada dizer... mas o silêncio magoa, leva-me a crer que se não existe nada para dizer é porque nada existe realmente. Somos seres humanos, com vontades e feitios, com formas de pensar e de criar, somos todos diferentes.

Às vezes as nossas decisões levam-nos para longe e isso pode fazer com que se perca a coragem de dizer certas palavras... de explicar certos sentimentos. Mais uma vez o silêncio... quando este ataca leva mais mágoa que ausência dela... os olhares, o som da respiração, às vezes ofegante do nervosismo, da inquietação. A presença ausente das palavras... somos humanos, por isso cometemos erros... mas o que podem parecer erros podem ser na realidade as decisoes mais acertadas... às vezes é necessário que tenhamos consciência dos nossos actos e o que um dia pareceu acertado pode revelar-se o contrário.

As palavras podem magoar, podem ser duras, feias e cortantes... às vezes são mais que uma espada cravada no peito... magoam.
Às vezes quando escrevo as minhas palavras estas são deturpadas de várias maneiras... umas ainda conseguem se aproximar da verdade, outras estão longe do real. Não escrevo para ser compreendida, as minhas palavras nem sempre têm nexo para quem lê... só para quem as escreve, eu.
Palavras, palavras e palavras... não entendo o que as faz calar sem que lhes ordene. Calo-me então para sempre, sem palavras acabam os actos e acaba o que um dia teve sentido e que agora não existe...

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