Não sou muito de criticar festas ou sitios, normalmente critico o que tem a ver comigo e com os meus. Mas a verdade é que já não saía e ía a uma festa faz muito tempo e ontem acabei por ir à Festa intitulada "Prêt à Porter", organizada pelo Clube Naval.
Em primeiro lugar devo referir que já fui, há muitos anos atrás, a festas do Clube Naval, e adorava, mas ontem deixou muito a desejar. Sabia de antemão que estaria lá um cantora da Região e ainda iria acontecer um duo entre um DJ e uma violinista.
O primeiro defeito que vou apontar é a ausência de cadeiras, pufs ou outro tipo de material próprio para descanso. De certeza que foram homens que estiveram à frente da organização pois não sabem o que é andar em cima de saltos altos. ;)
O segundo ponto a referir prende-se com a notória ausência de testes de som, ou pelo menos ausência de trabalho bem feito nesta área. Então a menina do violino começa a tocar e nem nos apercebemos só quando uma luz nos ensegueirou é que me apercebi. (outro ponto a referir) O som estava do pior, só se ouviam os batuques da música, que para mim não é música, mas há gostos para tudo, e do violino só de vez em quando se ouvia um rmmmm... muito mau.
Depois chegou a vez de vermos e ouvirmos a cantora madeirense Petra Camacho, que cantou bem, embora não desse para perceber se era mesmo ao vivo ou se seria playback, mas o que conseguimos ouvir estava bom. Mas mais uma vez o som não estava bom pois não conseguiamos perceber tudo o que cantava. A música estava muito mais alta que a voz e que o violino, também.
O terceiro ponto a apontar é o desenho de luzes, muito mal feito no que toca a focar os artistas. O jogo de luz desenhado para os convidados até estava razoável mas toda a vez que os artistas entravam naquela espécie de palco (o palco é uma varanda no alto com dois lances de escadas para os dois lados, trás e frente, varanda essa de vidro) toda a vez que focavam as pessoas no palco a luz encandeava as pessoas, eu, pessoalmente, não conseguia olhar para lá. Os focos de luz deviam estar a focar mais de cima para baixo, neste caso, e não ao contrário ou talvez tapar alguns desses vidros para não reflectir a luz, poderia ser uma solução. :(
Resumindo a festa não foi o que estava à espera e os espectáculos deixaram muito a desejar, a violinista não fez espectáculo simplesmente acompanhou a música com a repetição da mesma nota. Eu já vi este tipo de acompanhamento entre violinista e DJ, inclusivé o violinista dos Qta do Bill, e posso dizer que é de ficar de boca aberta, muito ao género de Vanessa May. As minhas expectativas eram bastante altas mas isso vai com a experiência de cada um.
Não me arrependo de ter ido pois não saía há já algum tempo e, principalmente, porque parte das verbas serão distribuídas pelas vitimas dos incêndios que têm destruído casas, terrenos agrícolas, matas e vegetação que faz parte do parque Natural da Madeira.
Fica um conselho, quando se organizam festas há que ter em conta todas as situações e se a festa é de noite os testes de luz têm de ser feitos à noite para verificar todos os possíveis defeitos. No que toca ao som é imprescindível testar o som e os instrumentos musicais bem como as vozes que actuarão. Ou melhor, com tudo isto espero que aprendam e não repitam a má organização pois isso só descredibiliza o sucesso das antigas festas do Clube.
"A expressão Prêt-à-porter vem do francês “prêt” (Pronto) e “à-porter” (para levar), nos termos da moda se traduz por “pronto para vestir” e deriva do inglês “ready to wear” e foi criado pelo estilista francês J.C. Weil, no final de 1949, depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em pleno pós-guerra, no auge da democratização da moda surgiu o prêt-à-porter, libertando as confecções da imagem ruim associada ao dia-a-dia, ampliando o campo de ação em todo o mundo e crescendo diante da decadência da alta-costura.[1]" in Wikipédia
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