segunda-feira, fevereiro 22, 2010

O alarmismo continua

O povo madeirense vive nervoso, tudo assusta e desperta o alarmismo exacerbado pois, neste momento, todo o cuidado é pouco. Os aventureiros saem à rua e passeiam-se pela baixa do Funchal estragando e prejudicando os trabalhos nas estradas. Não têm consciência da gravidade da situação. Os carros da PSP, da Protecção Civil, carrinhas do Exército e ambulâncias são uma constante na via reservada junto a minha casa.
De tarde tentei dormir um pouco, pois a noite foi díficil, mas nem 10 minutos consegui descansar, quatro carros da polícia com as sirenes ligadas e com uma voz a pedir aos condutores que se afastassem, acordaram-me. Acordei assustada, também não era para menos já comecei a pensar que algures aconteceu mais alguma coisa. As autoridades não querem revelar toda a informação que dispõem mesmo pela questão das pessoas estarem sensiveis e qualquer revelação só vai provocar ainda mais problemas.
Passou mais um carro da PSP, não sei o que parece, as sirenes assustam. Os trabalhos de limpeza da Cidade continuam e vão estar a decorrer durante toda a noite. Estamos em luto nacional mas ando perdida pela minha casa sem saber o que fazer. Até quarta-feira sair de casa é igual a transtorno, primeiro porque as estradas estão interrompidas, segundo porque não temos para onde ir e, por último, só ia prejudicar a continuação dos trabalhos.
As pessoas estão cansadas, passam o dia em frente à televisão de modo a saberem de tudo o que se passa lá fora. O número de vítimas a cada dia aumenta. Os carros sinistrados estão a ser removidos das estradas e isso está a trazer, aos poucos, a imagem que tinhamos das ruas, embora ainda com muita lama.
As forças de intervenção estão no terreno, a Fragata Côrte-Real acabou de atracar, as ajudas vêm de todo o lado e são bem vindas. Avizinha-se mais uma noite, espero que seja de sono e não de insónias.

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