quarta-feira, março 31, 2010

Everything you say can be used against you...

A conversa passou pelo passado e por uma conversa que recentemente tive... e realmente isto de ter amigos rapazes é bem mais fácil para perceber o que nós mulheres sentimos e somos mas, também, a previsibilidade dos homens.

Um dia alguém disse que precisava de viver uma certa experiência e que essa era muito importante, no entanto eu não fazia parte desse futuro, pelo contrário... passados dois anos essa mesma pessoa apercebe-se que tem saudades de muitas coisas mas principalmente das nossas conversas, da minha compreensão... a experiência afinal não está a ser o que foi tão esperado que fosse... "estás longe..." sim estou, mas já estive perto, bem perto...
Entre outras coisas e palavras faladas disseram-me algo que se resume a isto: nós mulheres guardamos sempre algo para ser usado contra os homens, ou melhor nós aproveitamos todas as palavras por vós, homens, ditas para dar o troco de algo que nos magoou ou revoltou... o ser humano é demais. Por isso, "everything you say can be used against you"... :D
Os homens... gostam de se fazer dificeis, gostam de parecer distantes para nós, mulheres, andarmos atrás... às vezes basta só uma mensagem para que tudo volte ao mesmo, nem que seja a tipica : "olá, está tudo bem?" Eles sentem logo que ganharam este round... e voltamos ao jogo do gato e do rato. Cansativo e aborrecido, às vezes sabe bem sair desse jogo porque começa a cansar e, por consequência, a perder o interesse.
Concluindo, somos uns parvos que deviamos ser mais sinceros e dizer tudo o que nos apetece... lições de vida todos merecemos e não precisamos de ter vergonha em aprender com os outros e muito menos de admitir que erramos ao tomar certas decisões... mas, o que é passado fica lá atrás. :D
Felling Good... bom feeling :D

terça-feira, março 30, 2010

Amanhã... é só aventura...

Há muito tempo que anseio pelo dia de amanhã.. se estou nervosa? Sim, estou. Amanhã vai ser um dia de aventura e os que se seguem ainda mais... mas mais uma vez fecha um capítulo da minha vida e abre um totalmente novo. A vida é mesmo um livro... e tem de sê-lo, é tão bom poder escrever todos os dias uma página desse que deve ser o maior livro do mundo... o nosso.

Eu gosto de ler, leio tudo o que encontro até o pacote de leite enquanto tomo o pequeno-almoço. Mas, também gosto de escrever... escrevo muito não só em blogues, principalmente em folhas de papel soltas... são aquelas escritas que ninguém vai ler... não é público.

Mas amanhã é o começar de uma nova era... tenho muito que aprender e muito pelo que passar... mas é amanhã. Amanhã começa o tal capítulo em que tudo será novo, a partir de amanhã vou olhar o mundo de uma forma mais suave, mais simpática e... diferente. Vou simplesmente deixar andar... :D

sábado, março 27, 2010

Cansaço.

"Estou cansada" era uma das frases que mais dizia quando estava a estudar, uma das frases que me identifica no meu passado... mas é normal que agora sinta cansaço, diferente sem dúvida mas não deixa de ser perturbador.
Num estalar de dedos tudo à volta podia mudar assim não me cansava tão rápido... este cansaço deve-se à incerteza da minha vida, se fico ou se mudo.

Habituamo-nos a tantas coisas e a tantas pessoas que quando tudo isso não está perto perdemos um pouco o sentido da vida. Torna-se dificil dar rumo a uma continuação de factos, de quotidiano... não quero com isto dizer que não tenho rumo, sim tenho mas um pouco incerto... não estou dependente desse rumo prefiro dizer que neste momento vivo consoante a maré, cada dia no seu lugar...

Mas quero mais e estou cansada de pedir por mais, de lutar por mais... quando no fundo nada acontece e, por vezes, nem uma palavra amiga para me fazer acreditar que sou capaz de lá chegar. Sim, eu não falo sobre a totalidade dos factos, mas também nem sempre perguntam sobre isso...

Estou cansada e hoje tenho sono, muito sono... dormi mal e acordei cedissimo... amanhã é outro dia mas hoje está a custar a passar... passei de bem disposta a aborrecida... talvez um pouco triste... amanhã passa ou não... mas não faz mal.

Noite e dia...

Saí pela primeira vez à noite, a minha rua mete medo, está tão escura que tudo assusta... mete respeito. Fui ver como as ruas da cidade estavam à noite... normais em comparação com o "antes"... bebi café, estive com os amigos, contamos histórias, peripécias, reencontrei amigos de longa data e diverti-me, coisa que já não sabia o que era...

Foi agradável voltar a estar à vontade sabendo que hoje não tinha de acordar cedo e partilhar isso com alguém... afinal hoje acordei à mesma hora, o melhor é tomar um banho e sair... está sol e quero aproveitar para ver se ganho uma cor mais saúdavel sem ser este branco de publicidade à Nivea...loll
Saio... o sol aquece-me a pele fico logo bem disposta o com sol... até está calor, será que o verão chegou mais cedo? Já estava farta de chuva e de nevoeiro... deprimente. Agora só faltam chegarem as férias para espairecer e passear por esse Portugal fora... não vejo a hora de estar noutros ares e sem preocupações... vou tentar esquecer tudo e vou tentar aproveitar os momentos como se fossem os últimos... na verdade não sei quando vou voltar, talvez daqui a pouco tempo ou muito... não sei... não faço planos, não quero... neste momento os planos são para um futuro próximo... e quero estar comigo a 100 por cento... Agora é só sorrir para a vida e continuar em frente...

terça-feira, março 23, 2010

Rascunhos e gatafunhos...

Tento escrever de modo a por as minhas ideias em ordem, todos os dias tento escrever sobre o que me inquieta, o que gosto e aquilo que me acontece. Mas confesso que tem sido mais difícil escrever com clareza sobre tudo o que me rodeia. Não sei se será cansaço, monotonia ou simples falta de inspiração.

Eu até tenho escrito mas, por diversos factores, tenho mantido como rascunho. Dou por mim em cafés a "gatafunhar" papéis, a escrever sobre tudo e sobre nada... Escrevo, mas às vezes essa escrita pode não ser bem interpretada por alguém e isso pode gerar discussão...

Na verdade, fico cansada de ter de explicar a razão das minhas palavras... não me refiro aos comentários, refiro-me às conversas de café, de msn e muitas mais... eu escrevo aquilo que me apetece, escrevo aqui e em outros locais...

Há dias em que uma simples frase diz o que me vai na alma... simples e complicada.

sábado, março 20, 2010

De 20 a 20...

Já passou um mês, mas o medo e o susto ainda não foram embora. Ainda em sobressalto saio à rua pelas 10 da manhã, faz exactamente um mês! Está sol, quente, coisa estranha, tanto está sol como chuva e vento, e tragédia. A luz do sol aquece-nos a alma, lembramos a situação mas já conseguimos sorrir. Passeio pelas ruas da Cidade mas os vestígios já são poucos, já existe alegria.

Andam todos mais sorridentes e fazem planos para o futuro. A vida voltou mesmo ao normal. Foi um susto mas quase que já não vemos o rasto de destruição que se via na televisão e nos jornais. Agora tudo está a ficar igual ao que era... algumas ruas ainda estão a ser reconstruidas, mas para quem não conhece a Cidade parece que só andamos a fazer umas obras de rotina... (às tantas já as devíamos ter feito). Os jardins estão a ser arranjados, as flores, o verde e as cores claras voltam a alegrar o que a lama quis esconder.

Ainda se fazem contas à vida, muitos negócios desapareceram e muitos prejuízos aconteceram... mas a manhã está calma, digamos que um sábado normal. As ruas estão repletas de pessoas e os turistas não esqueceram a Madeira... pedem indicações e param para olhar o mapa que trazem na mão.

Após um mês a Madeira volta, pouco a pouco, a ser uma ilha de flores e de alegria...

sexta-feira, março 19, 2010

Dia do Pai

O meu Pai é um senhor com um feitio complicado porque sem que se note gosta de controlar tudo à sua volta e defender o que é seu. O meu Pai é especial, porque é meu Pai.

Nós somos três irmãos. O meu Pai sempre quis um filho, da primeira vez chegou ao hospital com bonecos, carros e até uma espingarda de brincar, porque ele é caçador. E estas foram as prendas para a primeira menina.
Da segunda vez, foi mais uma "decepção" era eu, uma menina. Lá se foram mais uns presentes como bolas e carros, novamente. Da terceira, e última vez, ele decidiu não levar nada, ligaram-lhe e disseram: é um rapaz. Resposta: Claro, das outras vezes também supostamente eram. Para sua surpresa era mesmo verdade.
Ser pai não é fácil, são tantos encargos e tantas responsabilidades. É uma decisão que tem de ser ponderada, e depois se acontece o que aconteceu ao meu Pai logo duas meninas, o que segundo mesmo implica milhares de preocupações. Por acaso nunca entendi isto de dizerem que filhas só trazem problemas, chatices e preocupações. Eu sou uma filha bastante agradável. Fervo em água fria mas isso é só porque gosto muito dele e temos feitios diferentes. :D
Feliz Dia do Pai. :D

Um ano e meio depois

Há cerca de um ano e meio atrás pedi o certificado de pós-graduação epara meu espanto tive de pagar um diploma, que até foi mais caro que o certificado. Mesmo assim quando perguntei sobre tal diploma não me souberam ao certo dizer o que era, e o que constava nesse diploma. Decidi esperar...
Finalmente, hoje, chegou o tal diploma que certifica que eu, a minha pessoa, concluí o curso de especialização em Marketing que consta do mestrado de Marketing. Praticamente diz, por outra palavras e noutro papel, o mesmo que o certificado. Isto é o que os Serviços Académicos das universidades fazem para ganhar uns trocos. A isto chama-se roubar aos pobres... mais um diploma para guardar na gaveta e deixar ganhar pó, pois nunca nos pedem diplomas mas sim certificados para comprovar as habilitações... :S

Isto mesmo só em Portugal.

Depois queixam-se que o povo desconfia mas não é para menos. Acontece uma catástrofe, todos arregaçam as mangas para ajudar quem está longe liga para as linhas de apoio à Madeira. Depois de baixar a poeira o Estado vem... e "pumba", cobra taxas de IVA. Isto é que é Portugal.

quinta-feira, março 18, 2010

Amigas e Rivais.

Ontem pus-me a pensar na quantidade de amigas que tive durante toda a minha infância e adolescência, aquelas a que chamo de amigas e rivais. Isto porque cheguei à conclusão que acabávamos por gostar sempre do mesmo rapaz, coincidências.

Na primária a minha primeira amiga foi a Joana, uma miúda betinha, loira, de olhos azuis de quem todos gostavam. Começou o meu problema com as Joana's... Esta minha amiga uma vez ousou fazer um comentário despropositado sobre uma outra pessoa e, pela primeira vez e única, eu dei-lhe o maior "chapadão" da vida dela, foram três dias com a minha mão marcada na cara. Crianças...!!! Por coincidência gostavamos do mesmo rapaz, o André, um miúdo baixinho, betinho de olhos azuis.
Ensino básico: já era eu uma mini - adolescente e tinha muitas amigas. Na altura só gostava de jogar basquete e estar nos recreios na brincadeira. Uma das minhas amigas chamava-se Ana, era uma miúda normal com cabelos muito compridos lisos, muito branquinha e com os lábios muito vermelhos, até destoava, e tão magra que parecia anoréctica. Fomos amigas até nos mudarem de turma mas mais uma vez gostavamos do mesmo rapaz, o Chico.

O secundário chegou e pela primeira vez eu gostava de um rapaz diferente das paixões das minhas amigas. Não competiamos nem havia contrastes de nada, éramos todos amigos, todos diferentes e todos iguais.
Chegada à universidade não achei grande piada aos comportamentos da maioria das raparigas, um pouco mais novas e que saiam de casa pela primeira vez. Algumas até pareciam "gado à solta", aqui já lá vão muitas histórias que prefiro não falar. Já no que toca às coincidências amorosas, deixaram de ser coincidências e passaram a competição, que não era saudável. Sempre preferi afastar-me dessas parvoíces que só revelavam falta de imaginação e de personalidade. O caso mais caricato contou com ameaças anónimas através da Internet, criancices. Eu não reagi a essas provocações, só simplesmente contei o que se passou às pessoas que tinham o direito de saber, o que revelou ter sido suficiente.
Mais uma vez competições... as mulheres não entendem que estas "coisas" só as tornam mais mesquinhas, tolas e que isso não as leva a lado nenhum. Não gosto de pessoas mesquinhas, egoistas e tolas. Na verdade, os meus melhores amigos, na sua maioria e não são muitos, são homens, eles compreendem-me melhor. Não preciso de explicar dezenas de vezes a mesma coisa nem tenho de responder a perguntas parvas. O mundo masculino é muito mais simples... às vezes até penso que numa outra vida fui homem, só pela forma como penso agora. Será posssível?
Hoje, continuam a existir rivalidades e competições, mas agora são mais controladas, outras nem temos conhecimento e é melhor não ter,e assim se passam as fases da infância, da adolescência e a passagem ao mundo adulto... um pouco cruel, mas de certeza que todas as mulheres tiveram Joana's, Ana's, pseudo-jornalistas (esta em especial infernizou muitas raparigas e rapazes...loll) e muitas mais nas suas vidas.

segunda-feira, março 15, 2010

Fellings...

NC

Eu quero voar!!!... Ir e desaparecer... :)

Estou há dois dias a tentar marcar viagem para as minhas férias, mas não está nada fácil. Primeiro, eu não gosto de fazer compras na Internet. Segundo, problemas com o pagamento. Agora tenho de esperar até amanhã para resolver a situação. Porque é que quando queremos muito alguma coisa parece que é sempre mais dificil chegar ao objectivo... vejo-o mesmo ao fundo de um túnel. Estou mesmo a precisar de sair daqui, estar com os amigos, passear, reviver as pessoas, os sítios, as memórias e estar à vontade, sem horários e sem compromissos. Apetece-me estar livre como o vento...
Quero duas semanas longe de tudo e de todos, deixar a rotina para trás e seguir atrás do vento... Sem compromissos e sem pressas, bem, compromissos ainda são alguns: eu não me esqueço do que prometo. :D
Ai... vai ser tão bom. Já tenho saudades de andar de avião, já lá vão uns meses. Depois, as férias que tirar a seguir tenho de decidir sobre o destino, tenho três hipóteses: Manchester, Paris ou Tenerife. Bem, mas por agora fico mesmo por Portugal Continental.

sábado, março 13, 2010

"Terapia de choque"


Acho que preciso de uma terapia destas, não por ser temperamental mas para me tornar... lol

sexta-feira, março 12, 2010

Falta de civismo entope a baixa funchalense.

Quem tem bom senso não sai de casa com carro particular, usa os transportes públicos que já estão a funcionar quase a 100 por cento. Mas não, o povo é curioso e sofre de uma doença que se chama grande falta de civismo. As autoridades pediram que não se deslocassem à baixa da Cidade por estarem a decorrer trabalhos mas as pessoas insistem e levam os seus carros para uma avenida, a Avenida das Comunidades Madeirenses, que antes tinha quatro vias de trânsito e agora só tem duas. Mais, é de onde saem a maioria dos autocarros que ligam todo o Funchal e zonas rurais. Os acessos são reduzidos e complicados porque as pessoas insistem em levar os carros para a baixa. A direcção de estradas da Madeira também podia ter a decência de fechar os acessos à Avenida para que só aí circulassem os autocarros, carros de serviços e os transeuntes, mas esta deve ser um hipótese demasiado boa para suas excelências.

Resumindo, estive duas horas à espera de um autocarros para poder chegar a casa, ninguém merece. Duas horas em pé, de saltos altos (ainda não comprei as galochas/botas de água) e com uma tremenda dor de costas. Para melhorar o simpático motorista parou antes do devido sítio e tudo quem chegou por último entrou primeiro. Nada que umas palavras de reclamação vinda da minha pessoa não tivessem resolvido a situação.

Estive perante duas situações de falta de civismo, estradas entupidas de carros, sem necessidade e só por teimosia, e, ainda, as guerras nas paragens de autocarro para ver quem entra primeiro.

Conclusão, EU QUERO A MINHA MADEIRA DE VOLTAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!1

quinta-feira, março 11, 2010

Intempéries "criam" modas e estilos


Pode parecer estranho quando na mesma frase uso a palavra "intempérie" e "moda", mas na verdade é o que está à vista. Depois da catástrofe e intempérie como aconteceu na Madeira , onde as ruas ficaram destruídas, estradas inexistentes e muito mais, começam-se a criar modas e estilos.
As pessoas tentam normalizar as suas vidas o mais rapidamente possível e, para isso, até mudam o rumo das coisas. Este ano com a intempérie a moda são as botas de água, calçado que usei quando era muito pequena. Toda a adolescente tem de ter umas botas dessas e não precisam de ser coloridas aquelas todo as pretas ou verdes, como usam os agricultores e os pescadores, também servem. O que importa é terem umas botas de água.

Apesar do referido calçado ser deveras confortável e, como o próprio nome indica, servem para andar na água sem molhar os pés agora tornou-se um ícone da moda madeirense. Ser adolescente e não ter umas botas de água é "demodé"...

Na verdade, estas botas são fantásticas para andar nas ruas que ainda estão cheias de lama, pedras e onde uma bota de salto alto não transita, experiência própria. Podemos dizer adeus aos saltos agulha por alguns tempos... apesar de já não ser adolescente, lá terei de usar sapatos de Aladino ou botas de agricultor...

Quem um dia fui e o que serei... ??!!

As incertezas fazem-nos querer sempre mais do que aquilo que procuramos, todos os dias têm de ser vistos como uma aventura, mas logo agora que eu perdi um pouco do espírito de aventureira...

Quando nos habituamos à pequenez do indivíduo, às constantes 24 horas do dia, e ao mundo cada vez mais diminuto que nos rodeia, é difícil manter o espírito de aventura com o qual nasci. Não sei se será uma transição da vida... da idade... talvez.

Todos os dias até podem ser uma descoberta mas estão longe de ser uma aventura. Gosto de traçar objectivos de forma a planear algo para o futuro, incerto e sem datas, simplesmente deixar-me levar. Mas, neste momento, não estamos para aventuras tudo está tão negro e assustado que nada nos transmite esse espírito do qual sinto saudades.

Sinto saudades das épocas em que tudo era uma brincadeira, em que as responsabilidades apesar de serem as mesmas pareciam bem mais fáceis de suportar e em que tudo parecia rodar à volta de todos nós e não dos outros.

Antes tinha outro tipo de inspiração, de companhia, eram outras conversas e tudo parecia estar a querer o mesmo. As ruas eram diferentes e as pessoas também. Aqui todos parecem se conformar com as vidas que têm, mas eu recuso-me. No dia em que pensar que isso está a acontecer comigo eu juro que mudo, nem que para isso seja preciso mudar de cidade, outra vez.

Talvez aí o meu espírito de aventura volte. Talvez todo o meu eu volte a ser o que era. E, assim, o meu incerto "ser" volte para traçar outros objectivos, talvez mais íntimos e com mais satisfação pessoal. Fases são fases, ninguém as pede mas elas aparecem...

segunda-feira, março 08, 2010

Sol e Mar

Uma tendência? Uma procura? Um mercado? Sim a tudo isso, mas principalmente estas duas palavrinhas resumem parte do meu dia. Hoje esteve sol, ou melhor, ainda está sol, esteve calor de verão e ainda estive tão pertinho do mar que deu para não lembrar tudo o que me entristece. Por alguns minutos esqueci que o resto do mundo existia e aqueci a alma. Não pensei em nada, simplesmente estive a sentir o sol a queimar a pele enquanto a brisa do mar acalmava os sentimentos. Senti-me a flutuar, sensação há muito esquecida. Como é bom não pensar em nada, não querer nada, não exigir, não sentir... nada de nada. Um momento para o que ainda está vazio mas que faz parte do meu ser.

Este foi um momento para valorizar tudo o que de bom existe. Agora à noite nada como tomar um banho com muita espuma, relaxar e ver um bom filme. :)

domingo, março 07, 2010

Voltou tudo à "normalidade"...

Fecharam-se as portas à tristeza e a vida dita normal sai à rua. Passaram-se duas semanas após toda a tragédia que gerou desespero, solidão e tristeza. Foram tantos os casos de fatalismo como heróicos. Histórias foram contadas ao som de um choro global que fez com que todos os olhos se voltassem para a Pérola do Atlântico. Votos de solidariedade e ajudas de todo o mundo vieram ao encontro de um povo que viu a catástrofe cair sobre o que de sempre chamou como seu.
Os madeirenses viraram a página desta tragédia e tentam viver normalmente mesmo que isso pareça estranho. Podem muitos não entender a força que um povo pode ter e sentir num momento de tanta fragilidade e tristeza, embora tão irreal que pareça acho que nem os próprios cairam na real do que se estava a passar. Começar a limpar quando ainda se noticiava o que aconteceu foi uma necessidade e isso demonstrou que nada pára este povo, muitas vezes recriminado por outros. Fizeram valer que a união faz a força.
Os dias agora começam a ter um sabor menos amargo para começar a dar lugar a dias com mais alegria onde o sol começa a ser uma constante. Começo a reconhecer a minha terra e a minha Cidade. Dia a dia, as semanas vão passando e embora não esqueçamos o que aconteceu vamos começar a pensar em outros problemas, talvez fúteis, mas que vão ajudar a dar outra cor aos nossos dias. O que precisamos agora é conseguir ver tv sem que apareçam as imagens trágicas de uma Madeira destruída. Abrir o jornal sem se falarem em vítimas e mortes. Começa a ser complicado para nós estar a tentar "esquecer" tudo o que se passou e tudo à nossa volta lembra a tragédia que nos assombra.
Não é necessário nos lembrarem do que aconteceu pois as imagens estão presentes a toda a hora, são visíveis. E, por mais que queiramos esquecer estará sempre presente, infelizmente ainda está à vista...

sexta-feira, março 05, 2010

Madeirenses solidários. :D

Após o sucesso de "Uma Flor para a Madeira", iniciativa de Luís Jardim, que também sofreu com esta intempérie, agora é a vez da estilista Fátima Lopes contribuir para a reconstrução da Madeira. Ainda com data e lugar incertos Fátima Lopes salienta que vai apresentar a sua colecção Outono/Inverno, 2010/2011, no Funchal.

terça-feira, março 02, 2010

À descoberta das ruas da minha terra

o rasto de destruição é bem visível. Saio 15 minutos mais cedo de casa para apanhar o autocarro, fica longe e só me leva até meio caminho, o restante faz-se a pé. Há estradas bloqueadas, ainda trabalhos a decorrer, o nosso quotidiano, obrigatoriamente, mudou.

Neste momento, seja lá o que tiver para fazer sei que vou demorar o dobro ou o triplo do tempo que demorava antes. Tratar de burocracias é para esquecer, os sítios como a "Loja do Cidadão" estão impossíveis, até parece que tudo vai desaparecer ou que o mundo vai acabar amanhã. É razão para dizer que as pessoas andam mesmo assustadas, principalmente com as prvisões da meteorologia. Se dizem que vai estar bom tempo, toda a gente sai de casa. Se disserem que vai estar nublado e com alguma precipitação, já começam a pensar no pior e que vai acontecer tudo outra vez. Acho que é normal, não posso dizer que isso também não me tenha passado pela cabeça, uma ou duas vezes.
Resolvidas as situações pendentes tento voltar para casa. Que dificuldade! Tive de andar a pé mais uns 15 minutos para chegar à paragem do autocarro, esperar junto a um monte de gente, depois chegado ao destino andar mais 15 minutos até chegar a casa. O exercício faz bem à saúde e assim não tenho de ir ao ginásio. (tenho de encontrar aspectos positivos...)
Levar carro para o Funchal é impensável, muitos parques de estacionamento ainda estão fechados, as estradas ficam entupidas de trânsito e, por isso, complicado para circular. Andar a pé faz bem, o que se torna chato são as dores no corpo no dia seguinte.
Esta foi a primeira vez que saí até ao centro do Funchal, depois do dia 20, e em uma semana conseguiram com que o Funchal estivesse transitável e limpo. Impressionou-me ver algumas ruas destruídas e lojas fechadas e em limpeza, mas comparado com o que vi na televisão até está tudo "bem". Excluindo a dificuldade de acessos, provocando um cansaço extremo, foi bom voltar ao centro da minha Cidade.