terça-feira, março 02, 2010

À descoberta das ruas da minha terra

o rasto de destruição é bem visível. Saio 15 minutos mais cedo de casa para apanhar o autocarro, fica longe e só me leva até meio caminho, o restante faz-se a pé. Há estradas bloqueadas, ainda trabalhos a decorrer, o nosso quotidiano, obrigatoriamente, mudou.

Neste momento, seja lá o que tiver para fazer sei que vou demorar o dobro ou o triplo do tempo que demorava antes. Tratar de burocracias é para esquecer, os sítios como a "Loja do Cidadão" estão impossíveis, até parece que tudo vai desaparecer ou que o mundo vai acabar amanhã. É razão para dizer que as pessoas andam mesmo assustadas, principalmente com as prvisões da meteorologia. Se dizem que vai estar bom tempo, toda a gente sai de casa. Se disserem que vai estar nublado e com alguma precipitação, já começam a pensar no pior e que vai acontecer tudo outra vez. Acho que é normal, não posso dizer que isso também não me tenha passado pela cabeça, uma ou duas vezes.
Resolvidas as situações pendentes tento voltar para casa. Que dificuldade! Tive de andar a pé mais uns 15 minutos para chegar à paragem do autocarro, esperar junto a um monte de gente, depois chegado ao destino andar mais 15 minutos até chegar a casa. O exercício faz bem à saúde e assim não tenho de ir ao ginásio. (tenho de encontrar aspectos positivos...)
Levar carro para o Funchal é impensável, muitos parques de estacionamento ainda estão fechados, as estradas ficam entupidas de trânsito e, por isso, complicado para circular. Andar a pé faz bem, o que se torna chato são as dores no corpo no dia seguinte.
Esta foi a primeira vez que saí até ao centro do Funchal, depois do dia 20, e em uma semana conseguiram com que o Funchal estivesse transitável e limpo. Impressionou-me ver algumas ruas destruídas e lojas fechadas e em limpeza, mas comparado com o que vi na televisão até está tudo "bem". Excluindo a dificuldade de acessos, provocando um cansaço extremo, foi bom voltar ao centro da minha Cidade.

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