quinta-feira, março 18, 2010

Amigas e Rivais.

Ontem pus-me a pensar na quantidade de amigas que tive durante toda a minha infância e adolescência, aquelas a que chamo de amigas e rivais. Isto porque cheguei à conclusão que acabávamos por gostar sempre do mesmo rapaz, coincidências.

Na primária a minha primeira amiga foi a Joana, uma miúda betinha, loira, de olhos azuis de quem todos gostavam. Começou o meu problema com as Joana's... Esta minha amiga uma vez ousou fazer um comentário despropositado sobre uma outra pessoa e, pela primeira vez e única, eu dei-lhe o maior "chapadão" da vida dela, foram três dias com a minha mão marcada na cara. Crianças...!!! Por coincidência gostavamos do mesmo rapaz, o André, um miúdo baixinho, betinho de olhos azuis.
Ensino básico: já era eu uma mini - adolescente e tinha muitas amigas. Na altura só gostava de jogar basquete e estar nos recreios na brincadeira. Uma das minhas amigas chamava-se Ana, era uma miúda normal com cabelos muito compridos lisos, muito branquinha e com os lábios muito vermelhos, até destoava, e tão magra que parecia anoréctica. Fomos amigas até nos mudarem de turma mas mais uma vez gostavamos do mesmo rapaz, o Chico.

O secundário chegou e pela primeira vez eu gostava de um rapaz diferente das paixões das minhas amigas. Não competiamos nem havia contrastes de nada, éramos todos amigos, todos diferentes e todos iguais.
Chegada à universidade não achei grande piada aos comportamentos da maioria das raparigas, um pouco mais novas e que saiam de casa pela primeira vez. Algumas até pareciam "gado à solta", aqui já lá vão muitas histórias que prefiro não falar. Já no que toca às coincidências amorosas, deixaram de ser coincidências e passaram a competição, que não era saudável. Sempre preferi afastar-me dessas parvoíces que só revelavam falta de imaginação e de personalidade. O caso mais caricato contou com ameaças anónimas através da Internet, criancices. Eu não reagi a essas provocações, só simplesmente contei o que se passou às pessoas que tinham o direito de saber, o que revelou ter sido suficiente.
Mais uma vez competições... as mulheres não entendem que estas "coisas" só as tornam mais mesquinhas, tolas e que isso não as leva a lado nenhum. Não gosto de pessoas mesquinhas, egoistas e tolas. Na verdade, os meus melhores amigos, na sua maioria e não são muitos, são homens, eles compreendem-me melhor. Não preciso de explicar dezenas de vezes a mesma coisa nem tenho de responder a perguntas parvas. O mundo masculino é muito mais simples... às vezes até penso que numa outra vida fui homem, só pela forma como penso agora. Será posssível?
Hoje, continuam a existir rivalidades e competições, mas agora são mais controladas, outras nem temos conhecimento e é melhor não ter,e assim se passam as fases da infância, da adolescência e a passagem ao mundo adulto... um pouco cruel, mas de certeza que todas as mulheres tiveram Joana's, Ana's, pseudo-jornalistas (esta em especial infernizou muitas raparigas e rapazes...loll) e muitas mais nas suas vidas.

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