Logo pela manhã pela baixa da Cidade ouvia-se a emissão em directo das Antenas 1 e 3 e logo me ocorreu que hoje era dia de celebração da caixinha misteriosa da comunicação.
Para muitos, eu inclusivé, a rádio é uma companhia. Quem nunca adormeceu com um programa de rádio, a ouvir as suas músicas preferidas, anos 80, 90, pop, rock, romântica, etc. A rádio para mim foi sempre uma paixão, todo o mistério que envolve, a própria sensualidade transmitida, o desconhecido, e claro que não me refiro a programas de discos pedidos.
Tive o prazer de ter uma experiência radiofónica, muito interessante, algo que é mistificado, no melhor sentido da palavra, e ao mesmo tempo se revela como verdadeiro e não criado. Quem nunca imaginou quem estaria a falar do outro lado? Lembro-me das minhas insónias a ouvir os programas com músicas românticas e, mesmo, o tão famoso "Oceano Pacifico".
Mas é dia de dar os Parabéns à RDP pelo bom trabalho mas, por outro lado, lamento que este seja mais um ano negro para a comunicação, principalmente para os jornalistas. A nível regional os últimos anos têm revelado cada vez mais dificuldades e muitos jornalistas ficaram sem emprego, tendo de envergar por outras áreas. Nos últimos dias só se ouve falar em órgãos de comunicação como jornais, e a agência Lusa, falam-se em greves contra os despedimentos colectivos e individuais nesta profissão. Mas que raio, não há profissão que se safe a 100 por cento. :(
Sem jornalistas como é que o povo se informa, esta é das profissões mais criticadas. Acho que são poucas as conversas com amigos que não se fale da situação actual do País, atrás desse assunto falam das notícias e dos jornalistas que as escrevem. Irrita-me quando as pessoas falam sem conhecimento de causa. Claro que existem maus jornalistas, pseudo-jornalistas e maus profissionais, em todas as áreas, mas muitas vezes também o problema está na leitura pois há que lembrar que a língua portuguesa é muito traiçoeira. Coloquem duas pessoas que, normalmente, têm ideias opostas sobre esta situação de crise e façam-nas ler a mesma notícia, pois é certo que vão ler, pelo menos um parágrafo, será interpretado de forma completamente diferente.
Mas quem gosta de jornalistas?
- Tem aquele que quer publicidade gratuita,
- O outro que quer 5 segundos de fama,
- O que lhe interessa mandar uns bitaites a titulo de provocação,
- O que responde à provocação,
- O Estado que faz passar Lá para fora só o que interessa,
mas estes todos, entre muitos outros, são os primeiros a dizer mal. Tudo acontece por mero oportunismo mas o jornalismo precisa de informação e notícias, seja por que maneira for. Não interessa se a informação veio de alguma fonte desconhecida o que importa é apurar a verdade e revelá-la da melhor forma. O jornalista é um autêntico detective.
Sem comentários:
Enviar um comentário